SAHARA OCIDENTAL - ACTUALIDADES

SEMANAS 27-28 : 02. - 15.07. 2006

RASD

01.07.06, formação
Doze estagiários saharauis receberam no Centro nacional de formação de funcionários especializados de Birkhadem, em Argel, diplomas que atestam a sua formação em escrita Braille aplicada a crianças saharauis. Trata-se da primeira formação neste domínio na RASD. [SPS]

03.07.06, União Africana
Marrocos obteve uma "derrota esmagadora" na cimeira da União Africana, declarou à imprensa saharaui Mhamed Khadad, membro do Secretariado nacional, acrescentando que "as manobras da diplomacia marroquina, que procuravam atingir as conquistas da RASD em África e subverter os dados do conflito de descolonização que opõem o povo saharaui ao agressor marroquino, falharam estrondosamente". Para Khadad, a RASD saiu "reforçada pela solidariedade que lhe foi manifestada ao longo dos debates e pelo novo empenhamento de África face ao exercício pelo povo saharaui ao seu direito inalienável à autodeterminação". [SPS]

05.07.06, Fórum da juventude
A União Nacional da Juventude Argelina (UNJA) e a União da Juventude do Saguia El Hamra e Rio de Oro (UJSARIO) decidiram criar o «Fórum da Juventude e dos Estudantes para o apoio à Intifada pela Independência do povo saharaui». [SPS]

05-15.07.06, ARGEL, SEMANA DE SOLIDARIEDADE COM A RASD
Organizada pelo Comité nacional argelino de solidariedade com o povo saharaui, a semana foi rica, tanto a nível cultural como político. A delegação saharaui era constituída por 150 pessoas. Uma grande kheima (tenda tradicional em pele de camelo) foi montada diante do edifício da grande estação central dos correios, diversas exposições tiveram lugar em diferentes partes da cidade entre as quais uma grande exposição de fotografias da resistência do povo saharaui. Jovens saharauis participaram em diversas actividades culturais.

O primeiro-ministro, Abdelkader Taleb Oumar, foi recebido pelo seu homólogo argelino Abdelaziz Belkhadem e o presidente do Conselho constitucional saharaui, Mohamed Bouzeid, pelo seu homólogo argelino Boualem Bessaieh. Deputados e autarcas saharauis reuniram-se com deputados e autarcas argelinos, a delegação política saharaui manteve encontros com vários partidos políticos argelinos (FLN, RND, MSP), com Said Abadou, secretário-geral da Organização Nacional dos Moudjahiddines, Abdelmadjid Sidi-Saïd, secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores Argelinos e com Farouk Ksentini, presidente da Comissão dos Direitos Humanos.

Foram muitos os artigos, reportagens e entrevistas publicados nos diferentes media. Uma caravana humanitária que integrava mais de cem camiões carregados de ajuda alimentar, roupas e medicamentos, etc. com destino aos campos de refugiados, deixou Argel a 12 de Julho.

Na cerimónia de abertura, o primeiro-ministro Abdelkader Taleb Omar leu uma mensagem do presidente saharaui, em que este sublinhava que «a estabilidade e a segurança na região passam imperativamente pelo fim da ocupação dos territórios saharauis». Na sua missiva M. Abdelaziz apelou à comunidade internacional a «defender a legalidade» e a reconhecer a RASD. Por seu lado, o primeiro-ministro saharaui considerou que as negociações devem ter lugar na base da aplicação do plano Baker. Abdelkader Taleb Omar lamentou que a França procure sistematicamente entravar a aplicação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. A figura mais relevante e prestigiada do movimento archs imazighen, Belaïd Abrika, referiu que a sua presença nesta manifestação de solidariedade deve ser interpretada como o seu apoio «a todas as causas justas» dos povos e pelo seu «respeito» ao princípio de autodeterminação do povo saharaui.

Paralelamente, decorria a universidade de Verão dos quadros saharauis, com a organização de uma série de conferências e grupos de trabalho e reflexão. O presidente saharaui interpretou o facto de a Argélia aceitar a realização da universidade de Verão da Frente Polisario como uma maneira de exprimir a todo o mundo a sua disponibilidade de ajudar a RASD, mesmo após esta ter acedido à sua independência. «O povo saharaui não poderá nunca ser marroquino», sublinhou. «Marrocos e os seus aliados, Espanha e França, exercem pressões para privar o povo saharaui dos seus direitos e levar alguns países a não apoiar a questão saharaui», lamentou Abdelaziz. "A identidade saharaui e o seu apego aos ideais de independência não dizem respeito às velhas gerações. Elas são defendidas pelas novas gerações de saharauis que não conheceram a invasão e que já nasceram nos territórios ocupados do Sahara Ocidental."
[dossiê em
espanhol e árabe, com galeria de fotos] (site embaixada RASD/Argel)

Realizaram-se 12 conferências que abordaram a questão do direito internacional «A autodeterminação do povo do Sahara Ocidental: factor determinante na edificação da UMA», por Abderrahmane Belayat, «A ONU e o princípio do direito dos povos à autodeterminação», por Boukera Idris, «Apoio da Argélia ao direito dos povos à autodeterminação, o caso do povo do Sahara Ocidental», por Smail Debbeche;

- sobre a experiência argelina: «Revolução argelina e fundamento do Estado», por Réda Malek, antigo primeiro-ministro argelino, «Experiência democrática na Argélia» por Lazhari Bouzid, «A edificação do Estado argelino após a conquista da independência nacional: estudo sobre a organização política e a gestão dos recursos humanos» por Abdellah Serrir, «Memória da Nação», por Abdelmajid Chikhi, Director do Centro Nacional de Arquivos;

- sobre a política regional: «O lugar do Estado Saharaui na ordem regional» por Abdelkader Mahmoudi, «Criação e evolução da RASD» pelo ministro dos Negócios Estrangeiros saharaui, Ould Salek;

- sobre os direitos humanos: «a pilhagem dos recursos naturais dos países colonizados, o caso do Sahara Ocidental» por Abdelmadjid Keddi, «A mundialização e os direitos do Homem, o caso do povo do Sahara Ocidental», por Hafida Ameyar, seguida de um debate e reflexão subordinado ao tema «A resistência popular pacífica pela independência do Sahara Ocidental e a repressão marroquina»;

- sobre o terrorismo: «O terrorismo entre conceito académico e político», por Amar Djefal, seguido de um debate sobre o tema, «O terrorismo e o extremismo religioso», animado por Abdelhamid Besaa;

- sobre a situação da mulher: "A mulher saharaui: entre o dever da libertação e as exigências do Estado", pela senhora Khadidja Hamdi com os contributos da secretária-geral da União Nacional das mulheres argelina, senhora Nouria Hafsi e da presidente do movimento feminino argelino pela solidariedade com a mulher rural, senhora Saida Benhabilès.

O presidente saharaui concedeu duas entrevistas. No El Khabar, (edição de 10.07.06), [texto completo] http://www.spsrasd.info/sps-110706.html, Mohamed Abdelaziz declara que a Polisario está disposta a negociar com Marrocos na condição de que as negociações se produzam no quadro da ONU e na base do referendo sobre a autodeterminação do Sahara Ocidental. O organismo denominado por Conselho consultivo real não passa de mais uma manobra marroquina, não há lugar para mais nenhuma outra parte na questão, não dialogaremos nunca com esse organismo venha ele a ter a forma que vier a ter. O presidente saharaui apelou ao governo espanhol a cessar o seu apoio militar a Marrocos. A propósito dos 10,5 milhões de euros acordados pelo governo espanhol às forças armadas marroquinas para a aquisição sofisticados aparelhos de controlo na luta contra a imigração clandestina, o presidente saharaui afirmou: «denunciamos veementemente a política de chantagem praticada pelo governo marroquino, que instrumentaliza a questão da imigração clandestina para fazer pressão sobre a Espanha, o que tem reflexos nas posições espanholas na questão do Sahara Ocidental».

Ao Liberté (11.07.06), Abdelaziz declarou que o projecto marroquino de autonomia não é mais nem menos do que um complot. Trata-se de uma tentativa de contornar o direito do povo saharaui à autodeterminação e à independência. Marrocos não tem o direito de apresentar propostas de autonomia num território não autónomo.

TERRITÓRIOS OCUPADOS E SUL DE MARROCOS

28.06.06, respeito pelos direitos humanos
Comunicado conjunto da Associação dos Amigos da RASD, da Associação Francesa de Amizade e Solidariedade com os Povos de África (AFASPA) e do Comité francês para o Respeito das Liberdades e dos Direitos Humanos (CORELSO) denunciando a ofensiva diplomática marroquina a favor do plano de autonomia, acompanhada de uma intensificação da repressão nos territórios ocupados. [
texto]

28-29.06.06, El Ayoun
Surgimento de inúmeros graffitis nas paredes do bairro Inaach. No dia seguinte surge a represália : muitas detenções, maus tratos, invasão e destruição de domicílios.

30.06.06, Smara
Três pessoas são presas e 20 outras torturadas, enquanto que muitas casas são invadidas e saqueadas durante o mês de Junho, segundo refere o relatório mensal do Comité saharaui de defesa dos direitos humanos em Smara. O Comité apelou à abertura de inquéritos sobre as violações cometidas pela polícia e as forças auxiliares marroquinas. [
notícias]

30.06.06, Bojador
Estudantes saharauis "reafirmaram a sua determinação em prosseguir a Intifada da independência", apesar dos maus resultados do ano escolar devidos ao clima de repressão e de discriminação que reina nos estabelecimentos escolares.
Três saharauis foram feridos durante manifestações independentistas. O presidente do comité local da ASVDH, Associação Saharaui das Vítimas das violações graves dos Direitos Humanos cometidas pelo Estado marroquino, Tahlil Mohamed, é preso no dia 29 por forças de ocupação marroquinas, e abandonado a 5 quilómetros da cidade, após ter sido algemado e torturado.

01-02.07.06, Smara
Três detenções no decurso de uma manifestação nocturna reivindicando a retirada da ocupação marroquina. Na Escola El Jadida manifestantes trocam a bandeira marroquina pela bandeira da RASD.

02.07.06
O preso político saharaui Ahmed Sbai, detido a 17 de Junho, apelou a Marrocos para que respeite os direitos humanos nos territórios ocupados do Sahara Ocidental e denunciou os maus tratos de que são vítimas os presos saharauis por parte dos guardas prisionais da Prisão negra de El Ayoun.

03.07.06, apelo da OMCT
No seguimento das condenações de 27 de Junho de que foram alvo Sid Mohammed Mahmoud Kainnan Haddi – conhecido como Elkainan -, antigo preso político, e seu irmão, Saleh Haddi, a OMCT lança um apelo para que seja garantida a sua integridade física e psicológica, reivindicando a sua libertação imediata e a realização de um inquérito sobre os acontecimentos e o respeito pelos direitos humanos. [
Apelo OMCT, Cas MAR 230606.1, 03.07.06]

03.07.06, África do Sul
A activista saharaui dos direitos humanos e ex-presa política Aminatou Haidar foi recebida em Joanesburgo pelo Secretário-Geral do Conselho das Igrejas sul-africanas, Eddy Makue, que condenou as práticas repressivas marroquinas contra os cidadãos saharauis nos territórios ocupados do Sahara Ocidental

04.07.06
Greve da fome de 48 horas dos presos de opinião saharauis, exigindo a satisfação das suas reivindicações: serem considerados como presos políticos, terem direito a visitas, jornais, livros, comida fornecida do exterior e cuidados médicos. [
Comunicado, 03.07.06]

04.07.06
Salek Saadi, vítima de queimaduras a nível do rosto e do pescoço, sai do Hospital de Casablanca. A sua família não está em condições de assegurar a continuação dos cuidados que o seu estado exige. [
Le brûlé d'El Ayoun, artigo de Ali Lmrabet no El Mundo 04.07.06, resumo em fr ], [La amarga gloria del 'quemado de El Aaiún', Ali Lmrabet, El Mundo.es 04.07.06] [fotos de Saidi Salek saída do hospital]

05.07.06
Detenção de Lahmad ElMahjoub, conhecido por Ali Echein, nascido em 1987, torturado num centro de detenção secreto (imersão num tanque de água, choques eléctricos, apresamento ao tecto pelas mãos algemadas, atirado pelas escadas e espancado em todas as partes do corpo... É libertado no dia 7 por volta da meia-noite.

05.07.06 exílio

Um barco com 41 pessoas a bordo, entre os quais 10 saharauis agitando bandeiras da RASD, chega a Fuerteventura, nas Canárias. Entre os saharauis encontrava-se uma mulher e Bouchama Nafaa, preso de opinião libertado no passado mês de Março após 19 meses de prisão. A irmã de Bouchama declarou ao telefone que o seu irmão, desde que foi libertado, estava sob vigilância constante e não podia sair de casa. Bouchama pediu asilo político. Alguns saharauis apresentaram antigos documentos de identidade espanhóis.

06.07.06
As forças marroquinas vasculham casas à procura de panfletos independentistas. A casa do cidadão saharaui Mohamed Salem Deich Abdallah Sidi foi devassada a 30 de Junho de 2006, e depois a 02, 04, e 06 de Julho tendo o seu proprietário sido detido.[
Apelo de Mohamed Daddach]

08-09.07.06, Smara
Manifestantes içaram bandeiras saharauis em edifícios no bairro Ahmed Laroussi e distribuíram panfletos apelando à "retirada imediata e incondicional da ocupação marroquina do Sahara Ocidental".[SPS] Manifestações semelhantes tiveram lugar no dia 12.07.06. [
fotos] [fotos vítimas]

08-09.07.06, Tan-Tan
Cidadãos saharauis penduraram panos com as cores nacionais no bairro Sidi Mohamed Dadach, os quais foram rapidamente arrancados pelas forças policiais. [SPS]

10.07.06, El Ayoun
O irmão mais velho de Elkaïnan, Ali Salem Haddi, sofre de sequelas das torturas infligidas pelas forças de repressão marroquinas no comissariado da rua 24 de Setembro.

12.07.06, El Ayoun
Quatro saharauis são presos durante uma manifestação na avenida Ali Salem Tamek, e um quinto é detido já em sua casa.
O antigo preso político
Boumoud Mohamed Salem interpelado junto à fronteira, é torturado. Consegue refugiar-se na Mauritânia.

13.07.06, Agadir
Cinco presos políticos saharauis, Naji/Najia ElBachir, ElKhorchi Waissi, ElMansouri Idris, Tamek Mohamed, Kayout Brahim, todos detidos no dia 15 de Abril em Assa, comparecem diante do tribunal de segunda instância em Agadir o qual adia a sessão para o dia 27.07.06.

13.07.06, El Ayoun
Sabbar Brahim, secretário-geral da ASVDH, e Haddi Ahmed Mahmoud Elkainan comparecem perante o tribunal de segunda instância de El-Ayoun, após terem recorrido da sentença de que foram alvos. Acusados de agressão a um agente da polícia e recusa em obedecer aos agentes policiais, eles haviam sido condenados no dia 27 de Junho a dois e três anos de prisão, respectivamente. O tribunal adiou a sessão para o dia 20 de Julho de 2006. Os advogados de não estiveram presentes porque não foram informados da data do julgamento, uma violação processual que indica a falta de transparência e seriedade da justiça do ocupante.

13.07.06, Migrantes clandestinos
Medicos del Mundo denunciou o abandono de 5 imigrantes clandestinos subsaharianos, detidos a 28 de Junho ao largo de Dakhla, numa zona minada no deserto, na região de Kandahar, na fronteira mauritana.

REFERENDO

08.07.06, Londres
Em resposta a uma questão colocada por escrito sobre a posição do governo quanto ao problema do Sahara Ocidental, O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Kim Howells, respondeu que a política do governo britânico se mantinha inalterada, apoiando os esforços das Nações Unidas a favor de uma solução justa, definitiva e mutuamente aceite, que permita a autodeterminação do povo do Sahara Ocidental. Em resposta a uma outra questão, Howells afirmou que o seu governo pediu a Marrocos para respeitar os direitos humanos nos territórios.

Encontros diplomáticos

Espanha-Marrocos
Está previsto a realização de um encontro para o próximo mês de Setembro entre o chefe de Governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e o rei de Marrocos. Este encontro será precedido pela visita a Marrocos da primeira vice-presidente do governo, María Teresa Fernández de la Vega, ainda este Verão, e por uma visita privada do rei Juan Carlos a Mohamed VI no dia 24 de Julho, provavelmente em Tanger. [
El Mundo, que cita o embaixador marroquino em Espanha Omar Aziman]
Este Outono terá lugar uma nova cimeira bilateral de alto nível, desta vez em Marrocos, a última teve lugar em Sevilha em 2005.

Espanha-Argélia
Com o fito de melhorar as relações com a Argélia, progressivamente arrefecidas em virtude da política sahariana do governo Zapatero, está prevista a realização de uma cimeira argelina-espanhola presidida por Bouteflika e Zapatero, em Argel, para outubro-Novembro e uma visita de Estado à Argélia dos monarcas espanhóis para o final do ano ou início de 2007. [
El Mundo]

MARROCOS

11.07.06, Relatório
Ao apresentar o relatório anual da AMDH para o ano de 2005, o seu presidente Abdelhamid Amine declarou em conferência de imprensa em Rabat que o seu país "está longe de um Estado de direito", e que "registamos um forte recuo" em matéria de respeito pelos direitos do Homem, "estamos na primeira fila de países que não respeitam os direitos humanos". No que concerne ao Sahara Ocidental, pode ler-se no relatório que, «desde Maio de 2005, constatámos inúmeras violações que são objecto de um
 relatório particular : entre esses muitas violações podem referir-se detenções arbitrárias, tortura, invasão de domicílios de muitos habitantes, utilização abusiva da violência por parte das forças da ordem, julgamentos injustos. A maioria dos detidos foi libertada em Março e Abril desse ano – mas entretanto deram-se novas detenções, por razões políticas, de muitos cidadãos saharauis depois dessa data e alguns foram condenados a 2 anos de prisão efectiva.» [Compte-rendu du rapport annuel 2005 + conférence de presse du 11.07.06, PDF]

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