SAHARA OCIDENTAL

ACTUALIDADES SEMANAIS
original: frances

SEMANA 15

09.-15.04. 2000

 

05.-08.04.00
Direito international
O Comité por uma aplicação efectiva da legislação criminal internacional, CoEICL, realizou a sua primeira conferência internacional em Constance, Alemanha, consagrada aos conflitos em Africa e ao papel do Tribunal Penal Internacional, sob o lema «Substituir a lei da força pela força da lei». Especialistas de Direito Internacional, membros do tribunal internacional para o Ruanda e representantes de varios países debateram os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade praticados em Africa.
Uma delegação saharaui, composta por Mohamed Sidati, membro do secretariado nacional, ministro conselheiro junto da Presidência e Abba Salek El Haissen, secretario-geral da União dos Juristas Saharauis, apresentaram o conflito do Sahara Ocidental na sua dimensão histórica e jurídica assim como o problema dos direitos humanos nos territórios ocupados.

08.04.00
Madrid
Varias centenas de pessoas concentraram-se diante da representação das Nações Unidas para denunciar a repressão marroquina nos territórios ocupados e exigir a organização sem demora do referendo no Sahara Ocidental. A manifestação, convocada pela Coordenação nacional das associações amigas do povo saharaui e a FEDISSAH, Federação das Instituições espanholas solidarias com o povo saharaui desenrolou-se sem incidentes, debaixo de uma chuva copiosa.

10-11.04.00
Internacional Socialista
O Conselho da Internacional Socialista reuniu-se em Bruxelas. Adoptou por unanimidade uma resolução sobre o Sahara Ocidental, na qual apoia as iniciativas de James Baker e, pela primeira vez, oferece a sua colaboração total às Nações Unidas para acelerar a aplicação do plano de paz. O Conselho da Internacional Socialista exprime igualmente a sua profunda preocupação face ao constante adiamento do referendo de autodeterminação e «exorta as partes a estabelecer um dialogo político sobre o futuro da região».

11-13.04.00
Mohamed VI em Italia
No decurso da sua visita oficial a Italia, o rei de Marrocos afirmou que a integração regional constitui para Marrocos a via mais adequada para o reforço da paz e da estabilidade e a garantia do desenvolvimento económico e social.
A Associação italiana de solidariedade com o povo saharaui ( (ANSPS) organização uma conferência de imprensa em Roma, seguida de uma manifestação nas ruas da capital com estandartes que reclamavam o referendo imediato no Sahara Ocidental. Varias associações locais dirigiram cartas e petições ao chefe de governo e ao Presidente da República para que abordassem o problema do Sahara Ocidental nas suas conversações com o rei. Roma «apoia o processo iniciado pelas nações Unidas para a organização de um referendo de autodeterminação no Sahara Ocidental e deseja que James Baker possa relançar o dialogo entre as partes», informou um comunicado divulgado no fim de um encontro entre os chefes das diplomacias italiana e marroquina.

11.04.00
Apelo dos Estudantes saharauis em Cuba
Os universitarios e estudantes saharauis residentes em Cuba apelaram a todos os países do mundo e a todas as organizações de defesa dos direitos humanos a apoiar a missão James Baker a fim de solucionar definitivamente o conflito do Sahara Ocidental através de um referendo livre e transparente.

A missão Baker: o que disseram os media

08.04.00: Argel
Encontro com Ahmed Benbitour, primeiro-ministro, Bachir Boumaza, presidente do Senado, e Ahmed Ouyahia, ministro da Justiça,.
Decalrações de Baker: "Vamos examinar a possibilidade de aplicar os acordos celebrados pelas duas partes (Marrocos e Frente Polisario) em Londres e Houston" . A sua missão tem por objectivo "tomar conhecimento com todas as partes envolvidas das suas posições e possibilidade de ver o que pode ser feito para ultrapassar certos problemas que entravam a aplicação do plano de paz", para em seguida dar disso conta ao secretario-geral das nações Unidas. Sobre a realização do referendo antes do fim do ano, Baker afirmou: "Não, não estou optimista". "Na verdade, estou absolutamente convencido que ele não tera lugar antes do fim do ano " (
APS).

09.04.00: Tindouf
Encontros com o bureau do Secretariado Nacional da Frente Polisario e, em seguida, reunião com o presidente Mohamed Abdelaziz durante mais de uma hora.
Declarações de Baker: "Eu não estava muito optimista em 1997 e, no entanto, nós resolvemos problemas que à época eram bastante mais graves que estes com que hoje nos confrontamos".
Declarações de Mohamed Abdelaziz: A Polisario esta pronta para o dialogo com Marrocos "a qualquer momento, seja com quem for e onde for", na condição de que seja respeitado o plano de paz ONU-OUA e que esse dialogo se estabeleça segundo aquilo que foi estabelecido pelos acordos de Houston. A analise dos recursos pode ser concluída em sete meses o mais tardar (Baker manifestara mais tarde em Madrid o seu «desacordo respeitoso» com o presidente saharaui relativamente a este ponto). A delegação saharaui informou sobre a sua preocupação face à repressão nos territórios ocupados. James Baker evocou a libertação dos prisioneiros marroquinos detidos pela Polisario, indicou Mohamed Abdelaziz, acrescentando que a direcção saharaui é "sensível a esta questão humanitaria" e que, em breve, tomara uma nova iniciativa, em relação aos presos "idosos e doentes". A Polisario não exigira nenhuma " condição" para ao casos humanitarios. (
SPS, APS).

09-10-11.04.00: Rabat
Encontro de cerca de três horas na Segunda-feira, dia 10 de Abril, com o rei Mohamed VI, que era acompanhado pelo seu irmão, o príncipe Moulay Rachid, o primeiro-ministro, o ministro dos Negócios Estrangeiros e o ministro do Interior.
No final da tarde sessão de trabalho com o primeiro-ministro marroquino, na presença do ministro dos Negócios estrangeiros, do ministro do Interior, do secretario de Estado do Interior, do secretario de Estado dos Negócios Estrangeiros, do representante permanente de Marrocos junto das Nações Unidas, do coordenador com a Minurso, do general de divisão Hosni Ben Slimane, comandante da Gendarmeria Real, do general de divisão Abdelhak Kadiri, director da direcção de estudos e documentação (contra-espionagem), dos líderes dos partidos políticos e varias personalidades.
A visita à Mauritânia foi anulada.
Declarações de Baker: Os problemas encontrados pelo plano da ONU são sérios e complicados. A solução deve promover a paz e a estabilidade na região e consolidar a unidade do Magrebe. Vai consultar Kofi Annan sobre a "possibilidade de realizar uma ou varias reuniões directas entre as partes envolvidas como anteriormente fei feito em Londres, Lisboa e Houston". Acrescenta que "ainda não foram enviados convites para qualquer reunião directa", estimando que "só após o envio desses convites as partes poderão se pronunciar sobre a sua aceitação ou não" (
AFP, Le Matin du Sahara, El Pais)

12.04.00: Madrid
Pequeno-almoço de trabalho com Abel Matutès, ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol.
Declarações de Baker: "o plano de resolução não esta morto, mas ele passa por uma fase difícil". "Ele defronta problemas, sérios problemas"; Subsistem varios outros problemas para além do dos recursos. Antes que as Nações Unidas tomem uma iniciativa, é preciso que haja um consenso entre as partes e é esse consenso que é extremamente difícil de obter" (
EFE).

11.04.00: Paris
Encontro de mais de uma hora com o Presidente Jacques Chirac. Não foi feito nenhum comentario.
«A França apoia os esforços das Nações Unidas para a organização de um referendo no Sahara Ocidental», declara o porta-voz adjunto do Quai d'Orsay. «Os observadores interrogam-se, escreve a SPS, de que género de referendo apoia Paris ? Um referendo livre, regular e transparente, como reclama a Frente Polisario, ou um referendo confirmativo da marroquinidade do Sahara, como os desejos de Rabat ?» (
AFP, SPS).

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