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30.03.97
James Baker no Sahara Ocidental
Bachir Mustapha Sayed, ministro dos Negócios Estrangeiros da
RASD, anuncia que James Baker é esperado no Sahara Ocidental
na terceira semana de Abril, "provavelmente entre 20 e 22". O
recém-empossado ministro - até há pouco tempo
responsável pelo acompanhamento junto da MINURSO - declara que
a RASD se congratula por esta visita, que suscista grandes
esperanças de que, finalmente, se possa chegar a uma
solução para a questão do Sahara Ocidental e se
faça sair o processo de paz da crise que atravessa, motivado
pela intransigência marroquina.
02.04.97
A missão Baker
O secretário-geral da ONU reune com James Baker em Nova Iorque
e pede-lhe para que, no mais curto espaço de tempo, visite a
região a fim de avaliar a situação e indagar se
é ou não possível pôr em
execução o plano de paz para o Sahara Ocidental. Baker
deverá igualmente informar se se afigura viável a
implementação de uma qualquer outra iniciativa. O
antigo secretário de Estado norte-americano
deslocar-se-à à região logo que tenha consultado
as partes implicadas, não tendo, no entanto, especificado os
países que conta visitar. "A situação é
tal que, me parece, é desejável que possam surgir
soluções". Antes de mais, o mundo mudou. As
populações desta região merecem a paz, a
estabilidade e a garantia de que uma solução é
possível" - afirmou. "Tudo o que posso afirmar é que
vou fazer o meu melhor" - acrescentou. Instado a pronunciar-se sobre
as implicações económicas para a região,
James Baker respondeu: "Tal como em todos os conflitos, se se
perspectiva a possibilidade de acordo, podem prever-se não
apenas benefícios económicos para as partes implicadas,
mas também benefícios políticos". Questionado
sobre a possibilidade de o plano de paz da ONU poder vir a ser
ajustado, o antigo secretário de Estado norte-americano
afirmou "ser prematuro» responder, tendo acrescentado:
«ainda não chegámos a esse estádio".
02.04.97
Retirada de reconhecimento
A Guiné-Bissau anuncia que retirou o reconhecimento de jure da
RASD. É o quarto país da África a anunciar a
retirada do reconhecimento da autoproclamada república
saharaui, depois do Burkina-Faso, o Congo e o Benin - todos
países que passam por extremas dificuldades económicas,
viram surgir mudanças ao nível da sua classe dirigente
e cujos dirigentes se mostram permeáveis a contrapartidas
financeiras prometidas por Marrocos.