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06-07.01.97
A propósito da democracia em Marrocos
Organizado pela Fundação Abderrahim Bouabid e
presidido pelo príncipe herdeiro Sidi Mohamed, teve lugar em
Rabat um colóquio sobre as transições
democráticas no mundo. No discurso que proferiu na abertura do
colóquio o príncipe herdeiro condicionou o
avanço democrático ao respeito por aquilo que definiu
serem os "valores sagrados do nosso povo", uma alusão aos dois
pilares do regime: a monarquia e a integridade territorial, incluindo
o Sahara Ocidental.
John Waterbury, autor do livro "O Comandante de Crentes", uma obra de
análise política muito crítica em
relação a Marrocos editada em França em 1975
(PUF), participou na reunião. Em entrevista concedida à
agência EFE o especialista norte-americano em ciência
política manifesta a opinião de que Marrocos
modificou-se, passando de uma "cultura de repressão" a uma
"cultura de gestão". "Antigamente governava-se unicamente pela
força. Uma força que se queria bastante visível.
Actualmente governa-se através de gestores que não
têm necessidade de utilizar a força. A monarquia
não é posta em questão".
09.01.97
Declaração britânica
Em visita oficial à Tunisia o Secretário de Estado do Foreign Office (Negócios Estrangeiros) declara estar preocupado perante «a falta de progressos» na questão do Sahara Ocidental. Jeremy Hanley saudou a iniciativa do rei de Marrocos de estabelecer encontros directos com a Frente Polisario e afirmou estar consciente dos efeitos negativos que o conflito do Sahara Ocidental traz ao conjunto da região.
Hassan's heir prepares to take reins of power, Varadarajan Tunku. The Times, London, 28.12.96, p. 16.